E ninguém mais...
E ninguém mais, te prometo, entrará em nosso destino
E ninguém mais, além de mim, visitará meu coração.
Coração que se integra ao seu séquito com gratidão
enfileirado sob o seu comando.
E ninguém mais passará o limiar do nosso segredo
E ninguém mais atingirá esta nossa plenitude, nossa quietude
E ninguém, nem que queira, conhecerá o seu palácio,
a porta principal que são seus olhos
o adro seu ventre-umbigo, a fonte, a casa do seu corpo.
E ninguém mais te amará com amor mais maduro e mais carregado
O mais carregado de ânsias, o mais carregado de alarmes,
O mais mergulhado no limiar dos seus vales túrgidos, acolhedores.
E ninguém mais saberá acolher o profundo soluço
Quando você se esvaziar de amarguras
Permitindo-se lavar pelo jorro espumante
Da mais plena e mais antiga das vagas.
E ninguém mais passará por este nosso redomoinho de entrelaços
E ninguém mais como eu inclinado ante vossos segredos, ajoelhado
E ninguém mais a seus pés em morno porvir,
Em vagas de silêncio murmurantes e de solicitude.
E ninguém mais te amará com amor mais puro.