Proibido
Eu poderia dizer o quão desdenhadoras pareceram-me tuas cartas
E que tenho percebido tal atitude de tua parte há algum tempo
Mas aquele olhar... Aquele doce, misterioso, famoso olhar
Fez-me esquecer tudo que diria, tudo que pretendia questionar
Por um momento senti raiva por não poder me concentrar
Mas logo esqueci-me até de mim, simplesmente parei de pensar
E não precisei perguntar nada, meus olhos fizeram-te perceber
Viste que andei chorando, óh céus! Eu tentei esconder
Mas então teu olhar mostrou uma lástima de preocupação
E por um segundo pareceu pedir-me perdão
Não resisti e, automarticamente, sorri para ti
Isso não estava combinado, eu estava fazendo tudo errado!
A verdade é que sempre perco o controle sobre meus atos
Sempre esqueço e, irracionalmente, desfaço o que foi planejado
As palavras demoraram a aparecer, foi tu quem as disseste primeiro
"Senti a tua falta donzela, vem comigo, não tenhas medo"
O lugar era estritamente monitorado, mas eu estava ao teu lado
Então o medo cedeu e, quando segurei tua mão, o mundo desvaneceu