Tempestade
Faz-se a casta inocente,
Livre das perversões mortais;
Sabes que nada dura eternamente
Se for o eterno que lhe satisfaz.
É uma bruxa oculta entre anjos,
De lábios carnudos molhados com vinho;
Serve doce aos pagadores da gula
E faz miséria com soberba de destinos.
Serpente – Trocando a pele por neve;
Bruxa – Trocando os olhos por estrelas;
Loba – Me faz sonhar ser sua lua;
Linda... Eterna e inefável beleza.
Serão suas curvas sempre delicadas?
Tua voz tão penetrante toda vida?
Cada toque um nó meu em sua alma?
Sua existência, que a minha mesma castiga?
Este amor é um ácido corrosivo!
Derrete minha pouca sobriedade;
Você é minha ferida, doendo pelo infinito,
Aquela que amarei enquanto houver eternidade...
Sinta o sabor agridoce de meu coração
Envenene minha mente com mil promessas
Guie-me pra de onde veio – A tal da escuridão,
Seja minha luz e eu irei pra sua treva.
Continue a tempestade que me segue,
Guarde contigo o sol que me furtou;
É teu o sangue que tanto de mim bebe
E o alicerce de fé, que de mim você levou.
Este amor é um ácido corrosivo!
Derrete minha pouca sobriedade;
Você é minha ferida, doendo pelo infinito,
Aquela que amarei enquanto houver eternidade...