Ontem, Hoje, Nós
Não apago aqueles bons dias!
Você tremendo, eu tremendo...
Duas fortes mãos, fervendo,
Impondo às almas: energias!
Parecíamos dois polos se atraindo,
Repelindo-se em conluio à dança.
Mas ao sentirmos um quê surgindo,
Interpunha-nos a boa Esperança.
Com frases longas, demoradas,
Que buscavam coisas miúdas.
Qual fossem certeiras mudas,
Das concordâncias planejadas!
Uma gagueira, quase seguida,
Num silêncio, quase à frente.
Uma letra, quase não ouvida,
Enleando os planos da gente.
Quando em vez, naquela praça,
Lentos passos, mãos entrelaçadas,
Meios às crianças içando graça,
Passeávamos, tomando calçadas!
Cruzavam-se nossos olhos afoitos,
Um desejo igual antena atento.
Pra que a todos os nossos pontos,
O tempo passasse mais lento!
Nos seus abraços, o corpo quente,
No pulsar, seu Coração, irrequieto!
E quantos pecados faziam frente,
O meu ensejo, vilão, boquiaberto!
Esquecermos do primeiro beijo,
É impossível, é no todo: Pecado!
Parecia de ti; por eu, o desleixo!
Bem na verdade: premeditado!
No portão aos sorrisos, alheios!
Perto transeuntes Interessados!
Pelos quais apareceriam meios,
Por onde fazermos comentados!
O Mundo girava, noite e dia,
Aos nossos pés, tão distantes!
Se freasse, não nos moveria!
Nada cancela via de amantes!
Hoje recordo: Doce Saudade!
Toda aurora... Só alegrias!
Que ascendia: era Mocidade!
E enlace dos nossos dias!
E como enobrece!... É maturidade!
Neste Universo que Deus é de fato!...
Para cingir toda nossa Felicidade!
Cadenciamos, agora: Somos quatro!