AUTO-SUPLÍCIO DE PAIXÃO

Saqueado, esgotado, caído

Sem o néctar da vida ,sem

A seiva que aquece

Desvanecido, ébrio, punido

De um amor sórdido, proibido

Cujo sumo minh’alma padece

Seiva, abrupta, furtada

Sinais, jugular perfurada

Sem sentido, liquido escorrendo no chão

As presas cravadas saciando sua fome,

Você, minha vampira, eu refém... teu homem

Preso, amordaçado, escravo, emoção...

Suas unhas cravadas em meu dorso

Fincadas em minha pele, fúria e dor

Intensidade, excitação

O dorso que queima, reclama, perdura

O sangue, minh’alma em sua candura

Abrasiva, lasciva, fogo e paixão

Furtado, jogado, perdido

Entorpecente, teu beijo bandido

Anestésico, envolvente, avassalador

A lua linda longe alumia

Um uivo de prazer, o corpo arrepia

Nostalgia, sagrado amor

Por fim devorado,

O néctar sugado, a seiva da vida

O corpo inerte, hipotérmico, extenuado

E o vazio que sinto me confunde

Em incerteza,

Teu corpo sobre a mesa, amantes ou amigos

Na loucura dessa ânsia

Vampiros de nós mesmos

Sorvendo a seiva dos nossos segredos

Somos vampiros de uma presa só

Necessitamos de estar unidos para

Sobreviver num auto-suplício de paixão

FidelisF
Enviado por FidelisF em 16/04/2011
Código do texto: T2912752
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.