MINHA MUSA

Se pudesse, torna-me-ia um escultor para

transformar um bloco de pedra bruta na

mais formosa escultura de um corpo de mulher,

que conheci por um pequeno espaço de tempo.

Seu olhar de uma cor que não pude divisar,

ostentaria ainda seus saudosos ais, mas faria

todo o possível para que seu sorriso

fosse o seu ponto de magnetismo.

Seu corpo delgado seria destaque para

a admiração de todos, nele, dois realces

principais, a singeleza de seus pés e a delicadeza

de suas mãos de pequena compleição.

Só não poderia esculpir na pedra bruta

os seus pensamentos, não sei onde poderiam

estar, se nos braços de uma longínqua saudade,

ou nos fatos que lhe causaram pesares.

Posso afirmar, que seria uma cópia fiel

de quem por um pouco de tempo conviveu

ao meu lado, cada vez com a duração de um segundo,

mas tempo suficiente para torná-la minha musa.

Wil
Enviado por Wil em 16/04/2011
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