Alma de abutre

Revoando entre dunas misteriosas

Faminto pelos teus pensamentos

Eu plaino suave e lentamente

No sublime manto azul do firmamento

É lento meu caçar, sob nuvens felpudas

Arremeto minhas garras pontiagudas

Minha sombra refletida nas areias desertas

Que na hora certa, te cerca, e cerca

Na hora certa, descerei com toda a fúria

Como um raio de ternura, sem um grito de aviso

Sem nenhuma piedade, perfurarei teu coração

Como presa dominada, agonizando lentamente

Minhas garras encravadas, em teu coração carente

Eu te cubro com carinho, com minhas asas reluzentes

Eu sussurro em teu ouvido, com minha voz rouca e calma,

Sou abutre da tua alma !

Alexandre

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 16/04/2011
Código do texto: T2911739
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