Amor com morte anunciada...

Amor com morte anunciada...

O amor nunca morre sozinho, sem testemunhas, o amor não morre por um ato isolado, sem acompanhamento, o amor morre por pura falta de cuidados, por atos planejados, por coisas que julgamos corriqueiras... O amor morre pela falta de carinho, morre quando escolhemos outro caminho, morre pela falta de atenção... O amor morre quando o diálogo acaba, quando a solidão desaba, quando o olhar se perde... O amor morre esquecido em uma esquina depois de um beijo de adeus, morre pela falta de interesse seu e meu... O amor morre pelo ciúme desmedido, morre por perder o sentido, estremecido pela falta de alimentação... O amor morre pelo descontentamento com atitudes infantis, morre para nos fazer infeliz, morre para ressuscitar a memória, morre para brotar a saudade... O amor morre quando o abraço já está frio, quando é menor que o vazio da falta do sorriso dela... O amor morre pela falta de água, como a flor esquecida na janela, morre pela falta de alô, pela falta do brilho no olhar, morre de falta de ar, na ausência da respiração boca a boca, morre na correria louca de dias sem compreensão, morre aos pouquinhos, deixando órfãos pelo caminho, morre por inanição... O amor morre quando é deixado de lado, morre quando não é compartilhado, morre quando existe em um só coração...

Adilson R. Peppes.

Adilson R Peppes
Enviado por Adilson R Peppes em 15/04/2011
Reeditado em 29/05/2020
Código do texto: T2910127
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