COM FUI LOUCO POR VOCÊ.

SENTI.

SENTI DEMAIS.

DESESPERADAMENTE.

DEPOIS CHEGOU O TRAUMATISMO.

O CORAÇÃO A DOER.

NUM DOER LENTO, CASTIGADO.

O SEU NOME?

TUDO QUE ME LIGAVA A VOCÊ.

PASSOU A SER O PONTO DOLOROSO.

A MACHUCAR A CICATRIZ.

CALCANDO-A.

EXACERBANDO O SOFRIMENTO.

NUM REQUINTE DE SUPLÍCIO MEDIEVAL.

VONTADE DE GRITAR, DE ANUNCIAR AO MUNDO:

“NÃO PRONUNCIEM O SEU NOME”

NÃO INDAGUEM O QUE É FEITO DELA.

FAZ DE CONTA QUE TUDO SE DISSOLVEU.

PERDEU-SE NO AR.

NO DESTINO EFÊMERO DAS BOLHAS DE SABÃO.

DEIXEM O ESQUECIMENTO CHEGAR.

EU SEI QUE A ANGÚSTIA PASSARÁ.

ASSIM É A VIDA IMPLACÁVEL.

O NOSSO AMOR, TÃO BONITO.

TERÁ O DESFECHO FINAL DOS FATOS SUPERADOS.

UM DIA PODEREI COMENTAR:

TALVEZ SORRINDO, SEM MÁGOAS NO CORAÇÃO.

COMO FUI LOUCO POR VOCÊ.

PONTA GROSSA 26 DE MARÇO DE 1965

ROMÃO MIRANDA VIDAL
Enviado por ROMÃO MIRANDA VIDAL em 15/04/2011
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