TANTO DE MIM E TÃO POUCO
TANTO DE MIM E TÃO POUCO
Pouco de mim hão de encontrar
após o muito que destruiste de nós dois
restos farrapos e migalhas
será tudo o que encontrarão depois...
as vestes que o meu corpo mal cobriam
esparrapadas estarão e nem vestiram
a minha dor...
trapos da alma e do meu ser....
cacos de mim, pedacinhos de você...
Sobrará sim, um restinho nem que seja
do pouco do amor que me doas-te
e entre farelos e grãos de uma tristeza
sentirás que tudo de ti em mim,
virou saudade...
em breve sei que nada mais sou
e nem serei
olhando para trás e vendo o pouco
da lembrança que restou...
pois tu deixaste em mim,
tão pouco do muito que me deste
que minha angustia tão dolente, conservou....
tanto de mim tão pouco!
LirÓ CarneirO