MEU PRIMEIRO AMOR

O primeiro amor

Parece que foi ontem,

Eu ainda me lembro!

Imaginando ser homem

Ergui-me nas pontas dos pés

Tentando te beijar.

Éramos duas crianças!

O corpo a tremer

Deixava-me sentir;

Como rumor de tambores,

Nossos corações

Em arrepios estremecidos.

Eu pensava naquele instante:

“- Que furor desmedido!

Que loucura insana!

Nada pode haver

De mais doce amargo

Que a delícia do mel

Nas caricias desses lábios.”

Sorriste então,

Nos olhos a fitar

Respondeu-me faceira

De mim sempre a zombar:

“- Como às flores do pomar

Novas borboletas todos os dias

Uma a uma vem visitar,

Sempre haverá outros beijos

E outro coração a pulsar.”

Abner poeta
Enviado por Abner poeta em 14/04/2011
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