ENQUANTO DORMIAM OS GIRASSÓIS
Na bruma suave e densa
em meus olhos a cintilar,
ao notar de sua presença
ao meu lado a me abraçar.
Entregamo-nos ao desejo
desse ardor a nos invadir,
através dos nossos beijos
faz-se o amor a nos servir.
Em cada canto dessa casa
doamo-nos em pleno amor,
sob chama que nos abrasa
à luz desse lindo esplendor.
Aos toques ternos e suaves
que tateiam nosso coração,
ao cosmo, voamos em nave,
atraídos de intensa emoção.
Somos galáxia nesse infinito,
girassóis de um templo lunar.
Corpo e alma; um só sentido
no aguardo de um sol a girar.
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Giovanni Pelluzzi
São João Del Rei, 13 de abril de 2011.