INCERTEZA

Não, eu não vou repetir de novo

Esse refrão antigo

Já tantas vezes declamado

Em versos cantados

Na boca dos loucos amantes

Que fingem serem poetas.

Mas encoste teus ouvidos

Nos meus lábios maliciosos

E contarei a ti um grande mistério;

A cada beijo de tua boca

Surge uma estrela no céu,

A cada suspiro do seu peito

Cai uma folha no chão.

Então eu fico assim; feito besta!

Procurando no céu

A estrela solitária

Que nasceu do único beijo

Que você me deu.

Procurando nos campos ressecados;

Entre tantos suspiros amarelados,

Ao menos um que por mim

De tua boca tenha rolado

Perdendo-se entre outros

Do seu peito arrancados.

Mas não importa a quantos tenhas beijado,

Ou quantas folhas amareladas

Pelo chão tenhas espalhado,

Eu bem sei que aí, bem dentro do seu ser

Existe uma estrela que é minha. !

Abner poeta
Enviado por Abner poeta em 13/04/2011
Código do texto: T2905732