Samuel Colt

A árvore.

Ela fica plantada no extremo oposto da minha sala.

Ela observa sem o menor interesse, o que se passa em minha sala.

E eu como uma lesma, sem a mesma desenvoltura,

vou tentando entender o que se passa com ela.

Sou especialista em falsificar intenções.

Vez por outra penduro uns crânios nela. Isso quando é natal.

E ela, entediada como sempre,

me diz: "Está voltando".

Mas que tipo de solidão patética é essa,

preenchida pelos discursos de uma planta?