Sê poeta...
Bem lá do alto da serra
À margem do rio,
Na esquina da cidade
Nos cantos da vida
Ele entra de surdina
Penetra, aperta e sai...
Corta a pele lentamente
Como navalha
O mar que beija a praia
E leva todo seu viço...
Ele arrebata minha alma.
Sê poeta...
E arrebate minha alma também!