Teu nome verdadeiro...


Por qual nome chamarei o meu amado
Quando a ausencia for inquietante
Tão muda quanto um relógio parado?

Ei-nos herméticos nos desencontros
Encostados num muro intolerante
Onde as pedras nos ferem o lombo.

Rostos assumem máscaras estáticas
Escondendo mentes intransigentes
Alheias à nossa dor sorumbática.

Não me olhem com olhos estrangeiros
Nem me prendam ao chão inexistente
Pois meus pés caminham ligeiros

Para o sentimento que me dará louvor.
Ao encontrar-te, trêmula e exultante
Chamar-te -ei: Amor...Amor...


-Helena Frontini-