O quarteto em lá menor de Schubert
A inspiração é verde,
e repousa dentro de uma taça suspeita,
em algúm café imundo de Paris.
Ela se detém ante a escolha,
com a mesma impassibilidade dos suicidas,
esperando o último perdão de uma terra que a viu sumir.
Não posso ir além da compaixão,
por meus insultos que costuram o tecido da lembrança.
A arte do assassinato, a arte de não se comover,
está prestes a ser eterna e aviltante,
mas eis que o pintor
se deteve apenas no momento da dúvida.
Ela nunca sairá da tela envelhecida.