Vida mundo
Preciso de espaço,
não só do ato mas da força de viver,
quero meus insanos tratos,
pactos feitos a deriva de mais um amanhecer.
Dou fim a todo mal pensado,
renovo o feitiço, liberto o destino,
assumo a magia gerada em meu ventre,
sou terra, fogo, água e todo ar vigente,
comando tempestades, dou fim aos ultrajes
que pedem por paz em guerras sujas de submissão.
Penetro as entranhas de um mundo pagão,
faço-me a fé que cega e cala as almas domadas por não(s)
e mostro meu sim, grito meu canto em sublimação,
tocando os corpos que mortos ainda esperam por remissão.
Sou os olhos das faces que nada querem enxergar,
ilumino as verdades que a noite não quer mostrar,
sou sol, lua, nova aurora em novo céu de prazer,
dou meu sangue feito à seiva que percorre o corpo
nutrindo esperança aos que desistiram de viver.
Trago no beijo o veneno que o fará renascer,
no corpo, o gozo em êxtases de prazer,
se entregue, entrego-me...
Vida vestindo vida no mundo que lhe dou a conhecer.
18/08/2006