A TUA VOZ

Que doce voz eu ouço agora,

Que de longe vem ecoar?

O eco que grita teu nome

E lá no fim da noite some

Mas continuo a escutar.

Ouço bem nítido a voz

Do vento que me vem cantar

Como nas planícies de Sharon

Um côro angelical e bom

Vem de D´us me entoar.

Mas no peito, a saudade,

Nos olhos tristes, a visão,

De tua face pura e garbosa

Na expressão da fina rosa,

Entôa no meu coração.

Ah mas quando a tua voz

Em meus sonhos me chamar,

E eu me acordar deste afã

Como se acorda pela manhã,

Na luz do dia vou repousar.

Ah como é bom ouvir teu canto

No romper da cândida aurora!

É como ouvir, aturdido, o sabiá

Na luz serena da manhã de Beagá,

É lembrar das carícias de outrora.

Agora eu guardo tua voz no seio,

Na lembrança do melifluo que emana

Da doce mulher, voz de menina

Que o meu ser inda fascina

E entre todas és soberana.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 10/04/2011
Reeditado em 10/04/2011
Código do texto: T2900574
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