EM TEUS BRAÇOS

Em teus braços sinto-me seguro,

Teu amor, teu calor e o brilho do teu olhar,

Compõem meu porto seguro...

Quando estou distante, na labuta do mar,

A milhas de saudade do continente,

Morrendo de saudade... Quase morto,

A proximidade do retorno pro meu porto,

Retorna-me à vida novamente,

E esse teu rosto de anjo invade-me a mente.

As ondas revoltas tornam-se calmas,

E uma paz infinita invade-me a alma,

Quando me lembro desse olhar encantador;

E eu que estava quase morto,

Desde logo começo a avistar o porto,

Imaginando-me em teus braços, meu amor!

E, ao chegar, vindo no barco do destino,

Em teus braços eu me jogo por inteiro,

Por estar certo que tu és meu porto derradeiro,

E meu coração, o teu abraço é o que mais quer;

E, então você, e teu corpo de anjo que me fascina,

Em meus braços se atira qual menina,

E, com tuas garras afiadas de felina,

Devora-me com encantos de mulher.

E, em teus braços, em teu corpo, o meu porto,

Eu que estava a morrer, ou quase morto,

Sinto-me guerreiro, um bravio lutador;

Mas, não sou nada, nem existo,

Eu desisto... Até da vida, minha querida,

Sem teus braços, e abraços, meu amor!

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 09/04/2011
Código do texto: T2898793
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