MEDO DA VERDADE
Se eu falasse a verdade!
Se eu tivesse coragem
Para te olhar dentro dos olhos
E contar meus segredos,
Por certo saberias
Dessa minha louca paixão.
Saberias que é teu nome
Que escrevo nas pétalas
Da perfumada rosa vermelha
Quando as arranco uma a uma
Em solitário mal-me-quer.
Saberias que se ando triste
De olhos grudados no chão
É porque procuro pelo caminho
Uma pista que me indique
O rumo certo para meu coração.
Saberias que esse arrepio
A me assolar a alma
Não é de frio
Mas de uma febre terrível
Que me prostra o ser
Nos ardentes desejos pelos
Beijos da tua boca.
Se eu dissesse que te quero!
Se eu dissesse que te amo!
Talvez não fosse assim tão triste!