Amar
Amar as palavras é ser poeta
Expulsa-las com a força da paixão
Colocá-las em versos é sua meta
Expurgá-las da alma a criação
É como um vulcão expelindo lavas
Explosão de uma estrela ao morrer
É entregar tudo, não querer nada
Apenas um grito em seu silêncio
Um doce alivio ao teu coração
Somente disfarçar sua solidão
Desaparecer...
Seu pensar exposto às vezes turvo
Sua imensa emoção quiçá perpetua
Sentimentos que escorrem pelas mãos
Como lavas que escorrem do vulcão
A ferir a pobre alma do poeta
Tenho medo de tudo que entendo
Tenho fome do que ainda saberei
Tenho a face vincada pelo tempo
Minha alma é levada pelo vento
Porem minhas simples palavras,
Cheguem onde eu nunca estarei
Alexandre