AMOR FUGAZ

E eu que pensei que era eterno o amor,

Não sabia que ele tinha data e hora

Para pular fora do trem condutor

Que conduz o coração mundo a fora.

Mas tolo fui por atribuir eternidade,

A algo que no final acaba e tem final,

E que depois põe em seu lugar a saudade

Para arrasar a saúde romântica e mental.

Eu segurei o amor no peito meu,

Para ter-te para sempre ao meu lado

Mas o amor se declarara um ateu,

E eu fiquei com tudo isso intalado.

Já aprendi que o amor é como o vinho:

O seu efeito é enquanto tem conteúdo,

Basta um amor para se estar tão sozinho,

Basta um amor para sofrer de tudo.

Mas o amor dura, uma vida acaba,

E ele dura uma vida de morte,

A vida que cega a razação e baba,

Quem sabe se se tem alguma sorte?

Eu muito brigo assim com o amor

As vezes perco-lhe a fé

Ele me faz sentir tanta dor,

Mas, no fim, retorna a maré.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 07/04/2011
Reeditado em 30/04/2011
Código do texto: T2895558
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