AMOR FUGAZ
E eu que pensei que era eterno o amor,
Não sabia que ele tinha data e hora
Para pular fora do trem condutor
Que conduz o coração mundo a fora.
Mas tolo fui por atribuir eternidade,
A algo que no final acaba e tem final,
E que depois põe em seu lugar a saudade
Para arrasar a saúde romântica e mental.
Eu segurei o amor no peito meu,
Para ter-te para sempre ao meu lado
Mas o amor se declarara um ateu,
E eu fiquei com tudo isso intalado.
Já aprendi que o amor é como o vinho:
O seu efeito é enquanto tem conteúdo,
Basta um amor para se estar tão sozinho,
Basta um amor para sofrer de tudo.
Mas o amor dura, uma vida acaba,
E ele dura uma vida de morte,
A vida que cega a razação e baba,
Quem sabe se se tem alguma sorte?
Eu muito brigo assim com o amor
As vezes perco-lhe a fé
Ele me faz sentir tanta dor,
Mas, no fim, retorna a maré.
(YEHORAM)