Eu não sei só te olhar...

Eu não sei só te olhar

Simplesmente.

Eu não sei só conversar

Sorridentemente

Eu não sei só te querer

Apaixonadamente

Eu não sei

Eu não sei

Eu nada sei.

Eu sei que errei

E me feri

Profundamente.

Talvez me veja frágil

Enfim...

Talvez eu seja mesmo

Assim...

Eu não posso te olhar

Simplesmente

E nem te ouvir

Sorridentemente

E nem te querer

Apaixonadamente...

Eu não posso

Eu não posso

Eu nada posso.

Eu posso me privar

Do teu olhar

Do teu sorriso

Do teu sonhar

Eu posso me privar

Do teu sabor

Do teu querer

Do teu amor

Eu posso me privar

Da tua companhia

Do teu encanto

Da tua poesia

Eu posso!

Eu posso me privar

Da doçura do mel

Da tua delicadeza

Eu posso!

Eu posso me privar

De toda beleza

Efemeridade...

Eu posso provar desse fel

Infelicidade!...

Querer pela raiz esse mal

Que não está em ti

Mas é forte como sal

Não está em mim

Mas empurra para o fim

Não está em nós

Mas revela-se atroz

Eu posso...

Me privar até do meu amor

De tudo e tal

Mas... saiba...

Eu não posso me privar

Da minha escolha

Do meu chamado

Do meu Senhor

Eu não posso me privar

Da salvação

Dos meus princípios

Da oração...

Eu não vou me privar não!

Ah... Deus!...

Tenha misericórdia de mim!...

O coração chora...

A alma grita... simmm

A lágrima evapora

Um amor assim...

A razão ignora

A emoção

Por fim...

E fecha o coração

E nega o amor

E a boca responde:

- Não!

Maricília Lopes Silva
Enviado por Maricília Lopes Silva em 07/04/2011
Código do texto: T2895226
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