O Tigre e a Rosa XVIII - Semnome

Existem antigos rumores,

sobre um ser coletor de dores.

Foi condenado a eternidade em fome,

conhecido por muitos como o “Semnome”.

Ele se alimenta da desgraça alheia.

A discórdia é a única coisa que semeia.

Ao ver o amor improvável e incondicional,

entre uma linda flor e um belo animal.

Decidiu se aproveitar da situação

e apaziguar sua maldição.

A noite enquanto o Tigre dormia,

o atormentava em grande agonia.

Inserindo em seus sonhos,

seus artifícios mais medonhos.

Aproveitando-se de feridas abertas,

mágoas profundas descobertas.

Dominou um fraco intermediário,

que fez chegar ao Tigre um comentário.

Cheio de mentiras e suposições decerto,

perfeito para responder questões em aberto.

O Tigre que estava se adaptando,

a vida sem sua Rosa e seus encantos.

Aceitou as informações soturnas,

que preenchiam todas as lacunas.

Despejou sobre a Rosa sua fúria colossal,

acompanhada de ofensas e uma acusação imoral.

"- Fui um coadjuvante, um peão de tabuleiro,

para provocar ciúmes no maldito Jardineiro !"

“- Vocês se merecem ! Não valem absolutamente nada !”

“- Faço votos que os dois morram por esta cilada !”