Elegante
Suave como a folha seca que cai, sublime como o nascimento de uma vida
Terrível como o ultimo suspiro, a angustia, a procura, a fuga que atrai
Somente uma vida perdida
No inevitável fim que se aproxima.
Em meio ao vazio que se sente, a luta desesperada em buscar
A voltar a ser sempre semente, tentar talvez, outras formas de amar
Um vazio intenso invade.
Viver em outras vidas, sentir o pensamento, desesperadamente,
Sentir o desconhecido, como um demente a procura das coisas perdidas
Amar eternamente
Uma alma fria e doentia.
Porque tanto egoísmo, porque tanta cobrança
Porque se exige tanto, tudo que restarão serão somente lembranças
E um coração solitário.
Não ser o que esperam, não ter nada para dar
Apenas essência, um doce perfume no ar
Somente uma febre, um homem perdido no mar
Em uma noite escura e fria.
Quantos erros, quantas loucuras, quantos conflitantes sentimentos
Uma viagem alucinante entre o sol e a lua
Enfeitando os sonhos com mil flores, mas sentindo a alma nua
Por apenas alguns momentos
Em um mundo de horrores
Caminhando no sentido contrário, o lamento
Louco, tolo, inconseqüente, distante
Não !
Apenas deselegante.
Alexandre