Céu sangrando
Que brilho imenso e selvagem irradia
Nele o amor e o ódio nos consome
Esta febre louca nos engole
Olhar intenso e diferente
Fez com que eu me visse de repente
Como um ser vazio, seco e carente
Quantas outras vidas anuncia
Muitas já passadas e distantes
Uma dor que queima lentamente
Meio a uma louca ventania
Sinto teus cabelos no meu rosto
Sinto tua pele doce, quente e macia
Ah e quando, percebo teu olhar
Deixe-me chorar para não vê-la chorar
Deixe-me te amar
Percebo-me fraco e confuso
Grito o nome teu a todo instante
Frio silêncio na tormenta do momento
Não tendo mais você eu saio andando
Tropeço, caio, grito e olho
Mas em meio à escuridão para o meu lamento
Somente posso ver o céu sangrando
Por quê ?
Alexandre