A COLISÃO DE UNIVERSOS

Ela é botão, que emana a luz da inocência em sua face de provocação

Quando anda o mundo vai ao chão, que até o sol do céu resolve observar

A cada passo um modo involuntário de incendiar minha imaginação

Hormônios espancam a razão, valores e padrões querendo me abandonar!

Ela me olha com o veneno debochado de um convite silencioso

Seu sorriso audacioso é como corda que me puxa no pescoço

O que ela pensa eu ouço - é som impublicável e indecoroso

Da inquietude ao ímpeto nervoso, da convulsão ao alvoroço!

Já eu pertenço a tudo que em tese ela nunca almejaria

Posto que jamais cortejaria o que a meu ver me é vedado

Ao vê-la finjo nem lhe ter olhado, mas meu pensar cultiva sua companhia

Que até me pego em demasia, trocando o certo pelo errado!

Nem o conflito de nossas gerações, nem as fronteiras evidentes

Seus feromônios são latentes, sua vontade insinuante me evoca

Sem me tocar ela me toca com artifícios recorrentes

Ela me prende sem correntes, quando me atiça e me provoca!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 07/04/2011
Reeditado em 31/07/2011
Código do texto: T2894602
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