ERA UMA VEZ UM PRÍNCIPE

A Ti, ou a alguém que o queira

Poema baseado em poemas de uma certa Borboleta

ERA UMA VEZ UM PRÌNCIPE

Que acordou do seu longo sono

Em lençóis etéreos de cetim

Sonhou que alguém o teria beijado

Mas acordou só

Pois há sonhos tristes assim

Era uma vez um Príncipe

Que tinha a imaginação

No lugar do peito

E o amor

Por todo o seu ser espalhado

Era um ser único

E de certa forma engraçado…

Que começou então

A sua odisseia

Em busca de um amor

Sem ter onde a mínima ideia

Caminhou por bosques

Onde encontrou princesas

Que diziam

O queriam à sua beira

Mas depois do tal beijo revelador

Revelavam-se velhas e más feiticeiras

Deu consigo no meio das maiores cidades

Onde reinava a maior confusão

Em busca da sua dama

Uma pessoa

Num milhão

Mas nada…

A sua alma

Continuava abandonada

E diziam-lhe que a sua prometida

Estava protegida por um dragão

Ele armou-se

E lutou

Mas tudo foi vão

Pois da princesa adorada

Havia apenas

Uma pista

Quase apagada

Conheceu meio mundo

Ando por meio universo

Amando

E não sendo amado

Conhecendo da sorte

O reverso

Mas ele conheceu

A mulher certa

Disso tinha a certeza

Mas elas não

E assim a história continuava sem fim

Se bem que a sua chama

Continuava acesa

E ele hoje continua

De armas na mão

Preparado para vencer qualquer monstro

Mas de flor que colheu no fundo do vazio que se segue ao fim do cosmos

Por onde ele também andou

E onde dizem os homens regressam loucos

Por nada achar

Mas ele voltou mais lúcido do que nunca

Para a sua amada encontrar

Flor ao peito

Bem junto do seu coração

Para o caso

De na sua busca eterna

Conhecer a tal pessoa

E a prenda lhe entregar

Ele vai continuar

Para sempre

Embora sofra

Embora a alma

Lhe terrivelmente doa

Era uma vez um Príncipe…