Morrer
Em um colchão de areias douradas, rolando suave como as plumas
Perdido por entre densas brumas, tocando em tuas mãos amadas
Sentindo teus sentimentos, tão doces estes momentos
E como anjos alçamos um vôo suave e lento
Ao sussurro da brisa ao sabor do vento
Acaricio teus fartos seios
Com carinho, com rudeza, sem receio
O vento transforma-se em tempestade, transfigurando nossos devaneios
Longínquo deixamos a razão, que levada pelo vento, já não diz não
Na insensatez explode a emoção, e meu todo afunda em seu ninho
Quando raios rasgam os caminhos, na magia louca do momento
Faz-se a ruptura do tormento
Um tormento doce inebriante, movimentos lentos sufocantes
Um ranger de sons tão delirantes
A tempestade aumenta, em fúria insana
Como a castigar nossa emoção profana
E na beleza louca deste instante
Ouço teu coração bater, teu corpo vibrante
A me espremer
E teu louco lamento eu posso ouvir
E os meus sentimentos explodir
Como dois universos
Unir
E
Morrer
Alexandre 21/03/2011