Indiferente
Teus olhos são cascatas de fogo, que incendeiam minha mente atormentada
Tua ira condena-me ao jogo, a jogar com as tuas cartas marcadas
Em escarpas afiadas tu me lanças, retaliando a minha antecipação
Destroçando a minha alma criança, deixando-me sem esperanças
Sem emoção
Sinto o frio que se aproxima de olhos negros que brilham sem vida
Sinto a noite que me envolve, marcada, sofrida
Chuva que cai,que abrem feridas, e o vento uiva, lamenta, exorta
Eu me dissolvo como folhas mortas, em uma dor carnal, ardente oculta
Neste escuro e frio abismo, eu me aproximo do fim do caminho
O meu corpo clama minha alma chama
Em desespero a procura de algo inexistente
Algo que sinto apenas em minha mente
Que existiu em um passado distante
Uma semente que o presente reclama
Que me mantém tão carente
Nesta procura insana
Por um amor
Pois para você
Eu sou
Indiferente!
Alexandre 18/03/2011