Muralha

Retirem esta muralha que impede meus sentidos

Eu quero teu calor teu amor teus sorrisos

Tento romper esta barreira transcendendo o sofrimento

Chagas se abrem e se fecham aniquilando meu pensamento

Cativo neste abismo lembro meu passado, quanta ironia

Eu que sonhava em voar entre as estrelas, ser livre como o vento

Ser um astro viajando pelo infinito através dos tempos

Só me restando agora esta imensa agonia

Eu te farejo como um cão vadio, arrastando meu corpo acorrentado

Em meus olhos, punhais incandescentes cravados

Em meio a este caos latente, apenas um lamento, um grito

Revolucionando a existência entre o verter de um sangue denso

No limiar da fronteira da sanidade assumo meu delito

Na loucura da minha alma, do meu ser, um amor intenso

Na lagrima que teima em rolar ate meu lábio ferido

O gosto amargo de um amor perdido

Rosas vermelhas, como o sangue que jorra de meu corpo

Como teus lindos lábios que emolduram teu rosto

Como este fogo que é meu inferno

Mesmo perdido... meu amor por você... será eterno

Alexandre 26/03/2011

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 06/04/2011
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