COISAS

Tudo silenciosamente fala

Cantam numa melodia sem notas lembranças de nós

O sofá agora tagarela dos nossos encontros

E amores nos detalhes mínimos tudo revela

A xícara companheira de tantos cafés,

Amante de teus doces lábios agora vacilante

Conta-me seus segredos de mulher

Os livros que lia as músicas que ouvia agora sem tons

Nem cores revelam- me mistérios de sua fantasia

A cama agora inerte e angelical revela-me imagens de

Noites de pensamentos impróprios e de desejo imoral

O vazio, as recordações, as imagens pintam cenas de sua ausência lembrando-me que sou prisioneiro dessa consciência

E a música, os movimentos, o momento nunca mais,

Resta amarelo e opaco o vazio que a vida traz

Gilmar Faustino

Gilmar Faustino
Enviado por Gilmar Faustino em 06/04/2011
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