BRAÇOS ERRADOS

Indescritível dor que em meio ao peito antes sorridente agora assola

Ingresso numa triste e nova escola, que traz ensino aterrador

Achando no avesso do amor um pulo rumo ao chão em certa mola

Onde o coração decola, com as asas arrancadas pelo dissabor!

Grande fracasso é já não mais achar o cheiro que morou em mim

Ter que acreditar num fim que a saudade nunca assimilou

Acostumar-se com a ida de quem ficou, perder a flor mantendo seu jardim

Ouvir o "não" se o coração diz "sim", perder o que me achou!

Nada pode ser tamanhamente cruel como esse massacre

Que dilacera o lacre e faz brotar fontes infindas de fel

Que escureceu meu céu e pôs na boca onde houve mel um acre

Pondo-me em irônico destaque, como desenho apagado num papel!

Pois o presente deu-me um golpe: já decidiu abandonar o meu passado

E deu aquele alguém que tenho amado a quem jamais lhe mereceu

Se a perda tanto me doeu, pior foi ver seu corpo em braço errado

E o seu olhar apaixonado por um alguém que não sou eu!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 06/04/2011
Reeditado em 06/04/2011
Código do texto: T2892633
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