LÁGRIMAS MENTIROSAS

Esse teu pranto sentido,

Ai! Quem me dera

Fosse de verdade!

Mas o que tens na face

São lágrimas falsas,

Tão falsas como aquelas

Que pelos mortos choramos

Transformando anjo em santo

E santo em demônio.

Em teus lábios a verdade

Sempre se esconde

E nunca posso saber

Se o teu sorriso

É puro e sincero,

Ou uma máscara

A disfarçar as mágoas

Que em chagas pestilentas

O coração vem converter.

Se fosse possível

Enxergar tua alma

Explorando-a de canto a canto;

Como a casa antiga

Do meu tempo de criança,

Que em pesadelos

Ainda me assombra.

Por certo me espantariam

Os vários fantasmas

Que te habitam os quartos,

E quantas surpresas teríamos!?

Quantas lágrimas doloridas

Aprisionadas em falsos risos!?

Me custa acreditar

Que eu já te amei!

Abner poeta
Enviado por Abner poeta em 06/04/2011
Código do texto: T2892361