Entre o silêncio e a dor
Uma lágrima orvalhada
percorre o rosto e
demarca na face o caminho
dorido do sentimento que
aflora no vazio do silêncio.
Há um átimo de tempo na
espera que a angústia rejeita
e a esperança renova.
No livro que descansa sobre
a mesa tua fotografia marca a
página do poema e revive em
mim o adeus de ontem,
a certeza de agora.
Amores que terminam são como
navios fantasmas que seguem
um curso que não mais existe
e mesmo assim na
memória persiste.
Aqui os versos constróem
a cena poética
e neles se refletem
meros fragmentos do
amor que resiste entre
o silêncio e a dor.
Rita Venâncio