CALE-ME

Eu te proponho que me obrigues ao silêncio

Que me contenha esse querer intenso, que me amordaces

Neutralizando os ímpetos audazes, afugentando o que penso

Mas se aderires a feito menos denso, tantos empenhos serão fugazes!

Se te permites ao poder da minha sedução

Talvez te ocorra ilusória sensação que poderias me calar

Entorpecer o meu embasbacar, me emudecer a fonação

Porém perceberá todo esse ato vão, quando meu coração por ti falar!

Se pouco tu julgares que sejam essas tentativas

Que te dês a teses argumentativas e palavrórios pertinentes

Impondo panos quentes, seguindo a rota das tantas oitivas

Que seriam improdutivas, por não calarem minhas torrentes!

Perante algo tão sublime, nada reprime o meu impulso

Não há percalço no percurso, não há prudência maior que a ânsia louca

Que me grite tua voz tão rouca, que persista em seu transcurso

Mas se almejas silenciar o meu discurso – beija minha boca!

_ Republicando, a pedidos _

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 05/04/2011
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