O FALAR DE NOSSOS CORAÇÕES
Onde está a tua boca,
que não no beijo meu?
Por onde andas teu coração,
longe dos meus abraços?
Perto do infinito e suas saudades...
Ao cair à tarde na linha do horizonte.
Quero que venhas quando ainda durmo,
habitar os sonhos meus,
fazer-me herói em teus contos,
tomar a posse do que já é teu.
E não se contente com menos que minha alma!
E o vento é sempre audacioso,
trazendo teu cheiro de flor,
regozijo-me com essa nuance,
de pensar no seu amor.
Feito o dono do universo quero o poder,
e permitir o cessar de todas dores.
Que conturbam meu peito quando não estás comigo!
Ah se tu soubesses!
Quão fria é a lâmina do punhal da solidão,
que dilacera sem piedade a carne do meu coração.
Estarias sempre aqui, ao meu lado,
onde é o lugar teu, com amor sem sofreguidão.
Ouvindo apenas o falar de nossos corações!