Carta em uma garrafa
Perdi ventos mais profundos, mas larguei-me como imperitos
Que de onde me escondam à leve, como doce amor a teu lábio surdo,
Mas que de tanto te enlouqueça em instantes breves e poucos
E que leve tua louca ao fundo; mais perto, mais fundo...
E te entorpeça no âmago trágico de tuas perdas-amadas
Que te feriu este mar como a espada da manhã escurecida:
Ah, o meu coração partiu nas longas esperas de tuas partidas...
Não retornaste jamais, mas te amo, ainda.