Desalento
 
Ele pensou que seria fácil esquecê-la...
Desde aquele dia na estação,
o trem foi sumindo lentamente,
ele foi libertando-se então...
 
Não havia mais sentimento,
ao seu ver, nada do que viveram restou.
Ficou a dúvida por um momento
se aquilo que sentiram era amor...
 
Mas as interrogações se apagam com o tempo,
a vida traz novas chances de ilusão...
Faz-se novas juras,
e novos arrependimentos,
vão dando vida ao velho coração.
 
Se ela ainda o quer , ninguém o sabe,
notícias suas nunca mais chegou...
E ele segue a esmo pela madrugada,
ébrio, abatido, combalido pela dor...
Dos dois só resta agora um retrato,
de uma história que nem começou...
Ana Tortorelli
Enviado por Ana Tortorelli em 05/04/2011
Código do texto: T2890102
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