NAS RUBRAS FACES
Nas rubras faces de tua vergonha
Como se exposta ao sol sem timidez
Pisar não exitaste a alma que sonha,
Ignorando a sua languidez.
Eu esperava de amor contente
O dia em que tu me vinhas sorrindo
Eu te abraçava tão algremente
E tu me dizias: Seja bem vindo!
Não me importava algum sobre-peso
Te via sempre perfeita de amor
Nunca te olhei, nunca fiquei surpreso,
Sempre te olhei além da tua dor.
E nesta minha face moura
Brilha inda o amor fagueiro
Se liberdade nela vem estoura
É para amar-te que me dou inteiro.
Se eu falo e tu não emite voz
Se calo mais silêncio adeja,
Então confuso, dúvida atroz:
O que será que ela deseja?
Mas meu coração escoa em vinho
Pela dor que tanto me assola,
Neste tempo, eu ficar sozinho,
É tortura, solidão me esfola.
Mas sei que ainda irei celebrar-te
Como se celebra linda liberdade
Em tua mão porei sinal de amar-te,
E no meu peito o fim da saudade.
(YEHORAM)