O limiar do amor

Aonde repousam os fundamentos desse amor que abruptamente ergueu-se entre eles, transladando-os a uma dimensão desconhecida, inexplorada, incompreendida?

O que teve tamanha força, capaz de arrebatá-los do chão firme e levá-los ao firmamento, deitá-los em brancas nuvens e acariciá-los com mãos de anjos?

Quem é capaz de entender, por meio da racionalidade, aquilo que se faz sem pensar?

E quem disse que tais atos devem ser compreendidos pela razão, sendo eles motivados pelo coração insensato, destemido, afoito, atarantado, apaixonado?

Apesar de tudo isso, ele não esperava que o limiar deste sentimento encontrava-se na saída de uma porta.

Marcos Sodré
Enviado por Marcos Sodré em 04/04/2011
Código do texto: T2888531
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