O que eu amo não se pega
Nem com a rapidez do pensamento
Nem com a lentidão das palavras
O que eu amo me escapa...

Não se define
Na arrogância da razão
E não se encaixa
Nas armadilhas da lógica
Não se empobrece
Com a miséria das crenças
Não se reduz
Ao lirismo de uns versos

O que eu amo me escapa
Ao que possa pensar ser amar
E ao que o raciocínio pede
Para os tolos acreditarem

O que eu amo me ultrapassa
Em distância inimagináveis
No tempo e no espaço
No traço tosco dessa vida
No seu balbuciar sabedoria

Porque o que eu amo
Tem amor no meio
E no fim e no começo
Tem amor sempre
Amor eternamente

E amor é o que sempre tenho
Justamente quando me escapa...
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 03/04/2011
Reeditado em 26/05/2021
Código do texto: T2888176
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