Ciúmes da Deusa.
Autor: Daniel Fiuza
25/02/2011
Ao ver os antigos sonhos dela
Bordados em papel de seda,
Quando vasculhei sua emoção,
Em dias de buscas infinitas,
vi poesias de deslumbramentos
Onde ela brincava de amor e paixão.
Poemas de tantas seduções,
De entrega e oferecimento,
De cumplicidade e juramentos,
Nos fogos fátuos envolvidos,
Nos efêmeros sentimentos,
Mas que maltratou meu coração.
Pareceu-me amor em demasia,
Alegoria, ou de poesia,
Atirado no desfiladeiro da ilusão,
Flores empíricas de inspirações,
Que deixou dores e seqüelas,
Rosas vermelhas e amarelas,
Seria do destino a ironia,
Ou imagens de extrema sedução.
Por amá-la tanto, meu querer egoísta,
Não via o vislumbrar do “eu poético’’
Quantas apologias a sensualidade,
Somente eu não poderia externar,
Nem o meu ciúme podia falar,
Quando eu quis pisar e matar aquela emoção,
Dando gritos mudos em ecos simbolistas.
Porque tantas doações de afetos extremos,
Por que se doar assim sem ser segredo?
Distribuindo tanta emoção, só por sorrisos,
Doando favores de sensualidade explicita,
Por ser a deusa cortejada da poesia.