Meu Momento!
Mar revolto na turbulência da vida...
Sopra o vento num canto funebre,
Gaivotas silenciam na imensidão do azul...
Seus altaneiros voos as olvidam.
À deriva alma solitária tateia
Nas teias das insanas incertezas...
Não mais vida, nem mesmo certezas
Apenas um reles brecha me clareia.
Mãos carentes sobrevivem ao afago,
Deste corpo inerte que jaz no lago...
Sopra gélido vento das correntezas.
Na escuridão da noite nem lua cheia
Para trazer sua prata ao mar na areia,
A nostalgica tarde em que minha alma anseia.