Cartinha boba

O amor é bonitinho

É um pileque de carinhos

É um grito bem baixinho

Que rasga tudo então sozinho

E o amor ainda é tão chutado

Daqui pra lá, coitado

Se esconde, amor … aliviado?

Perdi a fome, foi você, danado

Gostam de te chamar de droga

Gostam de te chamar de cama

Gostam de te acusar de plágio

De que imitas o ódio

De que sonhas com o céu

Mas ofereces o inferno

De que aqueces o inverno

Mas trata de doer no final

Eu digo, amor, que te gosto

Simpatizo com teu jeito de andar

E essa tua cara de bobo

Me faz rir toda vez que te apanho

Mas não me machuque não

Se for doer, avisa …

Pra eu me encher de força

E talhar proteção, me confio aos teus braços

“Ah, o amor …

Me lembra o que nem me lembro mais

Eu nem sei o que foi ainda

Mas foi bom

Pra que entender, se sentir já faz todo sentido?

O amor é sentido, a falta de sentido

A razão e a desculpa pelo atraso na entrega do trabalho da semana passada

E tem gente que diz que ama

Pra brincar de enganar

Que maldade, meu Deus.”

Daniel Sena Pires – Cartinha boba (30/03/2011)