Aroma de Amora 
             

     Fugaz se foi o verão...

     Da primavera reminiscências...

     Solo árido, carente de água – água da vida...

     Flores fortes, desenhadas na memória distante,

     Agradável perfume.

     Aroma de amora.

     Fugaz se foi o verão...

     Lampejos de luz, densa reconstituição interior.

     O que importa, se pouco importa.

     As trincas do coração de muitas portas precisam.

     Proteção, prevenção, sensação do nada.

     O nada preenche nada, de forma que pouco

     Importam os trincos por entre as portas.

     Antes, durante -  em meio a tudo o nada.

     Vivência em prol de si, egoísmo inaceitável.

     Amarras, conceitos, preconceitos...

     Corpos ao sabor dos ventos.

     Trincos, Trincas, aromas, amoras.

     Despojos de  esperança, 

     Serena, monótona.

     Retrato em preto e branco, franco,

     Opaco, blindado.

     Brindar aroma de amora,

     Remover milhares de trincos,

     Das portas desnecessárias...

     Outono, ouro, excelência,

     Fugaz de foi o verão...

     Flores desenhadas

     Por entre as frestas das portas...

     Lampejos de luz, densa reconstituição interior.

     Retrato em tons de amora,

     Brindar aroma de vida.

     Vida sem trincas ou amarras.

     Amoras, aromas, amanhã...

     Urgente o presente.

     A vida tem pressa para abrir as portas...

     Despojadas de trincos,

     De conceitos,

     De amarras,

     De preconceitos...

     Lampejos de luz, densa reconstituição.

     Aroma de amora, urgente, presente,

     Agora! 


              (Ana Stoppa  24/10/2008)
              Imagem :google.com.br                                         

 
 

Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 01/04/2011
Reeditado em 15/02/2013
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