INCÊNDIO SOB CHUVA

Sou consumido pelo ímpeto desse registro que me persegue

E antes que a loucura me negue, que eu não sonegue a rememoração

Daquela inesquecível cena de paixão que em palco de emoção se ergue

Tão saborosa quando o extrato do alvergue - febril consumação!

Incendiários se mostraram nossos âmagos ávidos

Posto que os desejos grávidos nos conceberam sem reservas

Nos lábios a energia das ervas, nossos juízos impávidos

A toda insensatez completamente aptos - sedentas lavas internas!

Nem mesmo a tempestade pôs em fuga nossas labaredas

Qual manto de sedas a densa chuva parecia nos acariciar

Porque maior se deu o trovejar nas inundadas íntimas veredas

Edificando em nossos corpos alamedas para o incêndio se alastrar!

Assim eu te amei, como um titã destroçador e imperial

De um modo original, não planejado e de espetacular fervor

Incendiário amor, que venceu a sobriedade e o temporal

Que viu a chuva ter final e o fogo colossal que até hoje não se apagou!

********************************************************************

Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

MSN: reinaldojgr@gmail.com

Orkut diretamente pelo email: reinaldojgr3@hotmail.com

No Twitter: @reynaldorybeiro

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 01/04/2011
Código do texto: T2883375
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.