Te esquecer, eu tento
Mas me sinto como um homem
Que sonha , que grita,
que vibra de esperança!!!
Mas que frustrado, só abraça o vento
Te esquecer, eu tento
Mas me sinto como uma árvore
Frondosa, acolhedora, absoluta, secular
Mas que vê ao longe, lépido e atroz,
o fogo sedento
Te esquecer, eu tento
Mas me sinto como a pétala
Que se desprende da jovem rosa
açoitada pelo vento
Te esquecer, eu tento
Mas me sinto como um sapato
Jogado ao canto do quintal
Sem o seu par, sob a lua da madrugada
Entregue ao gélido relento
Te esquecer, eu tento
Mas me sinto como a estrela
Radiante, palpitante, toda luz
Mas que se perde no cosmos
De sua galáxia
Buraco negro adentro!
Te esquecer, eu tento
Mas ao me lembrar daquele olharzinho dócil
ficar triste, sorumbático, taciturno
Confesso ser capaz de roubar não só os anéis
Mas o piercing ( ranco-lhe da língua ) ,
as maria–chiquinhas,
roubaria pra você,
todo o penduricalho de Saturno
Te esquecer, eu tento
Mas me sinto como águas
Que agora se secam
Mas que outrora:
Eis voraz rebento!
Te esquecer Fer?
Olha,
eu bem que tento.
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