O AMOR DENTRO DE UM QUARTO
Um incomensurável amor
está dentro de um quarto – apojado
de fósforos e fluxos incontidos
algo além do céu
e mar
uma cratera de beijos abrasivos
se tão sei
crivadas de estrelas
daquelas que banham o infinito
fagulhas, arestas
e ângulos
no contra pulso da alma
e de soslaio o próprio grito
súbita lâmina faiscante
que risca o coração
e aquietar-se apenas
num púlpito aconchego
cheio de paisagens e abajures
sobretudo
dilatações de um trem descarrilado
o quanto apaziguado
muito mais que a fome de chuva
que te jures
Um incomensurável amor
está dentro de um quarto – apojado
de fósforos e fluxos incontidos
algo além do céu
e mar
uma cratera de beijos abrasivos
se tão sei
crivadas de estrelas
daquelas que banham o infinito
fagulhas, arestas
e ângulos
no contra pulso da alma
e de soslaio o próprio grito
súbita lâmina faiscante
que risca o coração
e aquietar-se apenas
num púlpito aconchego
cheio de paisagens e abajures
sobretudo
dilatações de um trem descarrilado
o quanto apaziguado
muito mais que a fome de chuva
que te jures